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Em Aracaju, projeto apoiado pelo UNFPA oferece atendimento a mulheres vítimas de violência.

A estudante de psicologia Valéria Santos, de 33 anos, cresceu presenciando a mãe sofrer violência doméstica por parte de seu pai, em Sergipe. Hoje, ela é vice-presidente da ONG Ágatha, que há sete anos oferece atendimento psicossocial e jurídico para mulheres que sofrem violência de gênero em Aracaju, além de promover atividades de conscientização sobre tráfico humano. A instituição foi uma das contempladas no primeiro edital “Nas Trilhas de Cairo”, iniciativa pioneira do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em apoio a projetos da sociedade civil.

A ONG receberá o suporte de R$ 56 mil para fortalecer sua ações, em reconhecimento ao trabalho de acolhimento e prestação de serviços junto à comunidade, principalmente às mulheres sobreviventes de várias formas de violência.

Para Valéria, o apoio do edital é fundamental. A ONG, que começou em 2015 com atividades educacionais dentro de um presídio feminino, sobrevivia com dificuldades. Com muito esforço, apoio de voluntários e parceria com universidades, a instituição conseguiu abrir um espaço físico de acolhimento para mulheres em situação de violência, oferecendo não apenas atendimento psicossocial e orientação jurídica, mas também atividades e cursos profissionalizantes. Em 2020, a pandemia da COVID-19 trouxe graves dificuldades financeiras, além do fechamento do espaço físico e a mudança para atuação online. 

A proposta submetida pela ONG Ágatha e aprovada pelo UNFPA foi para utilizar os recursos recebidos para aprimorar os processos de gestão, contratar uma equipe especializada em captação de recursos, investir em comunicação e comprar equipamentos, como computadores. Também será possível, em breve, reabrir o espaço de apoio.

“O diferencial deste edital é que ele foi construído com muita sensibilidade, entendendo que as organizações da sociedade civil sofrem com falta de recursos, inclusive equipes. Sem gestão, a gente não consegue avançar. Com o apoio, estamos arrumando a casa para receber o que vai vir”, explica Valéria. “É um pontapé para tantos sonhos que vamos realizar.”

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